segunda-feira, 10 de janeiro de 2011




Flores branca mais que perfumadas crescem
nos vãos desses ossos
que carregam esse corpo de poesia

(EU)

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011



As pernas dela cor de lua
combinam com as minhas cor de sol

Na panorâmica buceta dela
meu pau é um avião em chamas

(eu)
Amor maior que essa dália que vejo
cobrindo todo o céu,
quero que essa dália seja o teu ventre,
o que teu ventre seja a minha casa bordada

(EU)


Faça-se o dia sobre o teu corpo ainda noite,
que esse dia seja minha boca,
meus lábios de três mil faróis:
Que seja

(EU)

ELA E EU

Há flores de cores concentradas
Ondas queimam rochas com seu sal
Vibrações do sol no pó da estrada
Muita coisa, quase nada
Cataclismas, carnaval
Há muitos planetas habitados
E o vazio da imensidão do céu
Bem e mal e boca e mel
E essa voz que Deus me deu
Mas nada é igual a ela e eu
Lágrimas encharcam minha cara
Vivo a força rara desta dor
Clara como o sol que tudo ama
Como a própria perfeição da rima para amor
Outro homem poderá banhar-se
Na luz que com essa mulher cresceu
Muito morto que nasce
Muito tempo que morreu
Mas nada é igual a ela e eu

(Caetano Veloso)